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A cultura data driven é fundamental para a tomada de decisões estratégicas baseadas em dados concretos, o que ainda é subestimado por muitos líderes que preferem confiar em fatores subjetivos, como intuição e opiniões pessoais, achismos, heurísticas e até mapa astral : )

Entretanto, a implementação de uma cultura data driven é essencial para a sobrevivência das empresas em um mercado tão competitivo. Dados confiáveis não são mais um diferencial competitivo, mas sim um requisito básico para uma atuação eficaz.

Essas informações são cruciais para orientar decisões importantes e ações que podem ajudar a empresa a reduzir custos, otimizar a produtividade e desenvolver novos produtos e serviços que atendam às necessidades do público e aos objetivos da empresa. Em resumo, a cultura data driven é um processo natural que deve ser adotado pelas empresas que buscam se manter relevantes e competitivas no mercado atual.

A cultura data driven consiste basicamente em tomar decisões baseadas em dados.

Mas o que é ser Data Driven?

O termo “Data Driven” se refere a uma abordagem organizacional que se baseia em dados. Isso significa que a empresa toma decisões e faz seu planejamento estratégico com base na coleta e análise de informações, ao invés de intuições ou experiências isoladas. Ser data driven representa uma base sólida para tomar decisões fundamentadas.

Não se trata apenas de uma ferramenta, mas de uma metodologia que possibilita às empresas terem uma visão mais precisa do seu negócio, aumentando sua capacidade de aproveitar oportunidades e antecipar tendências e problemas.

Para isso, as ferramentas utilizadas por empresas data driven coletam dados de diversas fontes, tanto internas quanto externas. Essa base é composta por centenas de milhões de dados que podem ser coletados, tratados e interpretados para gerar insights valiosos que permitem aos gestores tomar decisões mais informadas.

Sendo assim, data driven é mais do que apenas uma palavra da moda: é o futuro dos negócios orientados por dados.

E qual é a boa notícia?

Bom, a notícia é que tudo o que você precisa para começar a construir uma cultura data driven já está em suas mãos. É fundamental utilizar ferramentas digitais para coletar dados, como analytics (por exemplo, Google Analytics), informações de mídias sociais (por exemplo, Instagram Insights), dados de clientes (por exemplo, CRM) e dados de mercado em geral.

Mas não basta apenas coletar dados, é preciso que eles tenham qualidade e sejam utilizados para orientar a criação de personas, a aquisição e qualificação de leads, o desenvolvimento de estratégias de marketing de conteúdo, o desenvolvimento de produtos, o relacionamento com o cliente e outras atividades.

Além disso, é essencial utilizar ferramentas de processamento e tratamento de dados que contem com recursos de automação, machine learning e inteligência artificial para gerar relatórios personalizados de acordo com seus objetivos.

Ao definir uma estrutura Data Driven você poderá saber:

  • O que o seu cliente realmente quer
  • Quando ele quer
  • Porque ele quer
  • Saber os seus reais hábitos de consumo
  • Qual valor você deverá cobrar

Com todas essas ferramentas corretamente utilizadas, você será capaz de iniciar a construção de uma cultura data driven e obter informações valiosas sobre o que o seu cliente realmente deseja, quando e por que ele quer, seus hábitos de consumo e qual valor cobrar. Essas informações permitirão que você preveja a demanda por meio de análises preditivas e prescritivas e tome decisões estratégicas em toda a sua cadeia logística por meio de análises descritivas e diagnósticas. Você também poderá orientar seu time de atendimento ao cliente com a previsão das demandas e do churn, para saber quais partes do seu serviço não entregam valor real.

Stranger Things, uma história de sucesso nascida da análise de dados

Se você é fã de séries de TV, provavelmente já ouviu falar de Stranger Things, uma das séries mais bem-sucedidas da história da Netflix. Criada pelos irmãos Duffer e lançada em 15 de julho de 2016, a série conquistou milhões de fãs em todo o mundo.

Mas o que poucas pessoas sabem é que a Netflix não decidiu produzir a série por intuição ou achismo. Na verdade, a empresa é altamente orientada por dados e usa análise de dados e ciência de dados para tomar decisões estratégicas.

Netflix: uma organização orientada por dados

A Netflix coleta dados de seus assinantes para personalizar a experiência do usuário e fornecer recomendações personalizadas. Mas ela vai além disso. Para decidir quais programas de TV adquirir, a Netflix usa análise de dados, ciência de dados e previsões para apoiar seus tomadores de decisão durante todo o processo de aquisição.

Investir milhões de dólares em uma nova série de TV é um grande risco, e a Netflix não está disposta a correr esse risco com base apenas em uma suposição ou opinião. Em vez disso, a empresa usa análise de dados para identificar tendências e prever o potencial de sucesso de novas produções, como Stranger Things.

Assim, o sucesso de Stranger Things não foi apenas resultado de uma boa história e de personagens cativantes, mas também da análise cuidadosa de dados pela Netflix. Isso demonstra como a análise de dados pode ser uma ferramenta valiosa para empresas que desejam tomar decisões mais assertivas e orientadas por dados.

Que tipo de dados a Netflix está coletando de seus assinantes?

Em janeiro de 2019, a Netflix tinha 139 milhões de assinantes de streaming em todo o mundo. Ter uma grande base de usuários permite que a Netflix colete uma enorme quantidade de dados. Esses dados são o que permitem que a Netflix concorra dentro da indústria cinematográfica e podem ser classificados em 4 áreas principais:

  • Dados do perfil
  • Dados do ponto de contato
  • Dados comportamentais
  • Dados de produtos/serviços

Digamos que você seja um usuário da Netflix e também um grande fã de Stranger Things – a Netflix captura as seguintes informações sobre seu perfil:

  • Dados de contato
  • Gênero e idade
  • Localização
  • Dispositivos
  • Tipo de assinatura

Agora a Netflix conhece você, mas eles também querem saber mais sobre a experiência do cliente no ecossistema Netflix e quais são seus pontos de contato preferidos. Por exemplo:

  • Redes sociais
  • E-mail
  • SMS
  • Notification push
  • TV APP
  • Avaliação (Rating)

Então, o próximo passo lógico é sobre seu engajamento com a marca e como você usa seus produtos e/ou serviços. Abaixo alguns exemplos de ações/atividades atualmente rastreadas pela Netflix:

  • Conteúdo de pesquisa
  • Engajamento por e-mail
  • Horário de utilização
  • Feedback / Like
  • Dados de navegação no app
  • Nível de interesse
  • Interação com conteúdo

Quase lá, agora a Netflix sabe quem você é, como se comunicar com você e como você se envolve com eles.

Finalmente, eles querem saber sobre seus interesses. Para isso, a Netflix possui um catálogo de produtos que descreve todos os filmes e programas de TV atualmente disponíveis na plataforma e os associará a um cadastro de clientes para tentar entender se algum tipo de filme ou programa de TV é redundante. A definição de cada conteúdo é complexa e poderíamos escrever um artigo completo sobre isso, mas por enquanto, vamos nos concentrar em alguns exemplos de atributos sendo usados ​​para Stranger Things:

  • Genero do programa (Teen, Terror, Sci-fi)
  • Pais de origem (USA)
  • Autores / Diretores (The Duffer Brothers)
  • Período/Época (Anos 80)
  • Elenco (Winona Ryder, David Harbour, Finn Wolfhard)
  • Temporadas (3 temporadas, desde 2016)
  • Episódios (8 episodios por temporada)
  • Características (Assustador, suspense)
  • Personagens (Garotos)
  • Indicação (Forte ameaça, violência sangrenta, suspense)

E aqui estamos, agora a Netflix sabe praticamente tudo sobre você e seus interesses. Agora eles podem mapear esses dados de volta para um único cliente. Isso é o que chamamos de Single Customer View (SCV).

Uma vez que a Netflix tenha uma compreensão clara de cada cliente, fica mais fácil personalizar a experiência do cliente dentro ou fora da plataforma. No entanto, como mencionado anteriormente, este não é o único benefício. Eles também podem obter desses dados os insights de valor agregado que orientam as principais decisões sobre a aquisição de conteúdo.

Claramente a Netflix não é uma empresa de filmes e séries, mas sim, uma grande empresa de dados.

A Netflix é muito mais do que uma empresa de entretenimento, é uma empresa de dados. Embora a coleta e análise de dados seja fundamental para o sucesso da empresa, é a criatividade que faz a diferença na criação de conteúdo envolvente e atraente.

Os dados fornecem insights valiosos e informações precisas sobre o que os consumidores desejam, mas são a criatividade e a visão dos produtores que transformam esses dados em histórias e experiências memoráveis.

Portanto, é importante lembrar que os dados são uma ferramenta poderosa, mas a criatividade é o que permite que as histórias ganhem vida e se conectem emocionalmente com o público. A Netflix vende histórias baseadas em dados e é a combinação desses dois elementos que a tornou uma das empresas mais bem-sucedidas do mundo.